Segundo IBGE, Cargos de baixa qualificação e atividades sem carteira assinada justificam salto

De 2012 a 2024, a participação de pessoas com mais de 60 anos de idade foi a que mais cresceu no mercado de trabalho do país entre todas as faixas etárias.

O crescimento no período foi de 63%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na faixa dos 18 aos 24 anos, houve queda de 9%. Na de 25 a 39, aumento de 7%. E na de 40 a 59, salto de 29%.

As principais causas para o aumento foram o trabalho em cargos de baixa qualificação profissional e as atividades sem carteira assinada.

A taxa de informalidade entre os maiores de 60 é de 53,5%, a maior de todas as faixas etárias, segundo o IBGE. De 18 a 24 anos, é de 41,7%; de 25 a 39 anos, 34,5%; de 40 a 59 anos, 37,5%.

No mercado formal, o Brasil tem 3 milhões de trabalhadores 60+, o que representa 6% do total de contratos CLT no país.

LONGEVIDADE

Em parte, o crescimento da participação destes profissionais no mercado também se deve ao aumento da longevidade: muitos permanecem trabalhando para se manterem ativos.

A consultora Amanda Diaz diz que a presença de trabalhadores 60+ contribui com ambientes de trabalho inclusivos. “Pessoas com mais de 60 anos promovem a diversidade e também trazem riqueza de experiência, sabedoria e maturidade para as equipes”, disse ao Correio Braziliense.

Amanda avalia que contratar estes trabalhadores “pode enriquecer o ambiente de trabalho, além de promover uma cultura organizacional mais inclusiva e respeitosa para todas as gerações".

POPULAÇÃO

O Brasil tem 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que representa cerca de 15% da população. A projeção do IBGE aponta que, em 2050, este percentual será de mais de 30%: um a cada três brasileiros.

FONTE: FIESC