Doze anos após o previsto, será entregue a obra do contorno viário da Grande Florianópolis. São cerca de 50 km que iniciam em Biguaçu para quem trafega no sentido norte-sul e em Palhoça para quem faz o caminho contrário. É um importante momento para os catarinenses, mas não há nada a ser comemorado.

A concessionária, com anuência dos órgãos de controle, descumpriu todos os prazos e coloca em cheque, inclusive, a capacidade de solução de uma obra projetada em 2007. Mas o fim desta empreitada significa o início de outra, tão ou mais importante: o Contorno Norte da BR-101.

Na minha primeira passagem pela Assembleia Legislativa, a Fiesc - Federação das Indústrias de Santa Catarina - apresentou um projeto elaborado pela sociedade civil e me procurou para encaminhar ao executivo estadual. Sabendo da importância econômica da região, eu prontamente fiz a indicação para o governo anterior. A obra tem aproximadamente 90 km e segue paralelamente à rodovia federal, entre Biguaçu, na Grande Florianópolis e Joinville, no Norte do estado. Essa obra é fundamental para a região de Balneário Camboriú, que engloba a parte do estado com maior crescimento populacional.

Esta é uma nova rodovia estadual, por isso já iniciei as tratativas junto à Secretaria de Infraestrutura por essa obra. Uma mobilização das forças da sociedade é fundamental para que a falta de infraestrutura e mobilidade não travem o nosso desenvolvimento. Quem percorre diariamente a BR-101 sabe que em muitos trechos ela se transformou em uma via local. Antes os grandes congestionamentos ficavam concentrados durante a temporada de verão. Hoje não tem mais dia ou horário. Tranca sempre.

As melhorias propostas pela concessionária da BR-101, a Arteris, não serão suficientes para acompanhar a necessidade que temos. A rodovia litorânea vai beneficiar as regiões mais densamente povoadas do estado, com crescente número de automóveis. Desenvolvimento industrial, escoamento da produção e canal de acesso do turismo, além da qualidade de vida da população. Norte catarinense, Litoral e Vale do Itajaí precisam se unir em torno dessa nova pauta e eu estarei junto com as forças da sociedade civil para ver esse projeto sair do papel. Nosso crescimento econômico está em risco, não podemos permitir.