Para a ONU, as micro e pequenas empresas são a chave para criar os 600 milhões de empregos necessários até 2030

27 de junho é o Dia Internacional da Micro e Pequena Empresa, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2017. Essa data reconhece a importância econômica e social dos pequenos negócios em todo o mundo. Segundo a ONU, as micro e pequenas empresas são a espinha dorsal da maioria das economias e desempenham um papel fundamental nos países em desenvolvimento.

Elas também são responsáveis por oportunidades significativas de geração de emprego e renda globalmente e são identificadas como um dos principais impulsionadores da redução da pobreza e do desenvolvimento. Além disso, essas empresas tendem a empregar uma parte maior dos setores vulneráveis da força de trabalho, como mulheres, jovens e pessoas de famílias mais pobres, e podem, às vezes, ser a única fonte de emprego em muitas cidades e áreas rurais.

Para a ONU, as micro e pequenas empresas são a chave para criar os 600 milhões de empregos necessários até 2030 para acompanhar o ritmo do crescimento da população em idade ativa. No Brasil, o empreendedorismo tem se mostrado forte. De janeiro a abril deste ano, foram criados mais de 1,4 milhão de novos pequenos negócios, representando 96,7% do total de 1,47 milhão de novas empresas. Isso representa um aumento de 9,1% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram registradas 1,31 milhão de novas empresas.

O setor de serviços lidera com 61,6% do total de novos empreendimentos, seguido pelo comércio, indústria da transformação e construção. A região Sudeste concentrou a maior abertura de negócios, seguida pelas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Entre os microempreendedores individuais (MEI), atividades relacionadas ao setor da beleza, publicidade, transporte rodoviário de carga e ensino lideraram as aberturas. Já entre as Micro e Pequenas Empresas (MPE), clínicas médicas, restaurantes e serviços de alimentação também se destacaram.

De janeiro a abril deste ano, Santa Catarina registrou a abertura de 39.941 empresas. Esse número é resultado de 77.056 constituições e 37.115 baixas. Esses dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O estado catarinense, apesar de ocupar apenas 1,1% do território nacional, ficou em 5º lugar no Brasil em termos de abertura de empresas, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

A confiança dos empreendedores na economia catarinense tem impulsionado esse cenário. O tempo médio para abrir empresas em Santa Catarina, uma bandeira presente para FAMPESC e AMPEs, também diminuiu em relação ao ano anterior, levando agora apenas 1 dia e 7 horas, com Florianópolis liderando com um tempo médio de apenas 5 horas.

Piter Santana é cofundador e vice-presidente da AMPE Metropolitana e diretor executivo da Fenabrave SC