O secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler, disse que o governo deve investir em obras estruturantes para o setor somente a partir de 2020. Segundo ele, o Executivo pretende primeiro colocar as contas em dia antes de fazer novos anúncios. Por enquanto, a falta de dinheiro tem travado os investimentos.

A crise fiscal é o principal problema. Em 2019, o Estado deve gastar R$ 4 bilhões em déficit previdenciário e mais R$ 2,4 bilhões no pagamento de dívidas. O déficit público previsto é de mais de R$ 2 bilhões. Além da falta de recurso em caixa, o governo está impossibilitado de contrair financiamentos devido ao status negativo junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que avalia a capacidade de pagamento do Estado.

Hassler aposta em reverter o quadro na STN em 2020 com as medidas de economia tomadas agora. "Ano que vem, se tudo der certo, vamos voltar a conseguir financiamento para uma série de obras necessárias, tanto rodoviárias quanto de outros modais."

Algumas delas estão sendo realizadas com o próprio caixa do Estado. O governo já assegurou melhorias no Oeste, no Norte e na Grande Florianópolis. Mais duas obras serão divulgadas em agosto, no Sul do Estado e na região de Jaraguá do Sul. O pacote completo soma R$ 200 milhões. Segundo Hassler, novos anúncios só vão acontecer se houver certezada existência de recurso. Para isso, o governo está consultando a Secretaria da Fazenda antes de prometer mais obras.

"O governador entende a infraestrutura como prioridade.Por que infraestrutura é prioridade se o governo está aí para dar saúde, educação e segurança? Porque sem recurso, não pode dar saúde, educação e segurança. O que traz recursos para o governo é economia girando e o que faz girar a economia é a infraestrutura", disse.