Medida foi seguida por inúmeros estados da Federação, diante do anúncio do fim do programa pelo governo federal

Santa Catarina não foi pega de surpresa pelo anúncio do Governo Federal sobre a descontinuidade do Programa das Escolas Cívico-Militares a partir de 2024.

Na primeira entrevista concedida com exclusividade à Rede Catarinense de Notícias, em meados de fevereiro deste ano, a Secretaria Estadual de Educação revelou que “as alternativas para continuidade do Programa das Escolas Cívico-Militares (PECIM) estão sendo estudadas pela Secretaria”.

De fato, tão logo houve a comunicação do Ministério da Educação, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, anunciou que iria manter as atividades das escolas cívico-militares no Estado. “Nós sabemos do desejo das famílias catarinenses e dos estudantes em continuar com esse modelo por conta da qualidade da educação aliada à disciplina. Por isso, além de continuar com nossas escolas nesse modelo, estamos estudando diversas melhorias”, destacou o governador.

Ampliação

A diretora de Educação da SED, Sonia Facchini, explicou que haverá continuidade do Programa até o final do ano letivo, sem alterações e que a Secretaria já tem todo um trabalho para implementação, com recursos do Estado, da continuidade das escolas cívico militares, possibilitando, também, que outras unidades estaduais de ensino, que queiram, possam se integrar ao Programa. “Temos indicadores muito positivos, tanto dos estudantes, como dos pais, que atestam a qualidade e eficiência de ensino que essas escolas proporcionam”, observou.

Municípios

As primeiras escolas no modelo cívico-militar foram implantadas em Santa Catarina nos municípios de Biguaçu e Palhoça, em 2020. No ano seguinte, aderiram ao Programa escolas nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Tubarão e São Miguel do Oeste. Em 2022, uniram-se ao grupo, escolas de Florianópolis e Lages. No total, o Estado tem 5.187 alunos nesse modelo de ensino, em nove unidades educacionais.

Brasil

A descontinuidade do Programa deixou cerca de 192 mil estudantes de diversos estados brasileiros de fora desse modelo de estrutura de ensino, com o apoio da União. No entanto, seguindo os passos de Santa Catarina, outros 20 estados mais o Distrito Federal já se pronunciaram pela manutenção e até ampliação no número de escolas cívico-militares.

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