conhecido como pinheiro americano, pinus eliotti impede o crescimento de plantas nativas no seu entorno.

Deputado Ivan Naatz (PL) apresentou projeto de lei que sugere proibir reflorestamento com a espécie pinus eliotti na região do distrito rural de Coxilha Rica, em Lages. Reconhecido como um dos locais mais belos do mundo para cavalgadas e pela floresta remanescente de araucárias, a localidade pode ser protegida do plantio de pinus eliotti, conhecido como pinheiro americano que impede o crescimento de plantas nativas no seu entorno.

A flora da região é composta principalmente por restinga e o pinheiro nativo, que é a araucária. "O pinus eliotti apesar das suas características favoráveis para reflorestamento em algumas regiões, apresenta uma série de impactos negativos quando introduzido em ecossistemas não nativos , como é o caso do território da Coxilha Rica . A introdução do pinus eliotti pode causar desequilíbrios no ecossistema local , prejudicando a fauna e flora nativas , além de modificar os processos ecológicos naturais", justifica Ivan Naatz no projeto protocolado na Alesc.

Expansão acelerada

O parlamentar afirma que está atento e preocupado com a acelerada expansão do plantio dessas florestas em Santa Catarina. Para ele, é preciso ter uma limitação, apesar de ser uma planta importante para a produção de celulose e papel e de o Estado ter uma grande indústria nesses setores." Eu venho acompanhando este tema há cerca de quatro anos. Tenho buscado dados e a Universidade do Planalto  Catarinense (Uniplac) fez diversos estudos de mestrado que tratam dessa ocupação invasora. É assustadora  a extensão da plantação de pinus, que cresce cada vez", alerta Ivan Naatz.

O parlamentar reconhece que o pinus é importante como madeira renovável para fazer papel, celulose, móveis e outros itens. Mas alerta que o plantio qie está sendo feito em Santa Catarina  esta abastecendo também o mercado internacional. "Então , o Estado tem um problema ambiental local para resolver um problema que é mundial. Não é uma tarefa simples. Mas precisamos delimitar no Estado as áreas em que o pinus pode ser plantado. Do jeito que está hoje em Santa Catarina, estão plantando pinus à vontade. Isso está desequilibrado. A localidade de  Coxilha Rica, por seu potencial turístico sustentável  e ambiental  será um projeto piloto para ampliar a discussão e estudos com as demais regiçoes do Estado,  enfatiza o parlamentar .

Naatz observa ainda que existe uma preocupação específica com a região da Coxilha Rica porque o pinus se espalha rapidamente por meio de sementes  que chegam a percorrer até 60 quilômetros de distância em relação às arvores onde se formaram. O pinus é uma exótica invasora, denominação para planta que vem de fora (veio da América do Norte ) e que, ao ser cultivada em outro ecossistema natural, como o brasileiro, elimina todas as plantas nativas. “Assim, se torna uma floresta exclusiva, sem fauna e flora locais, o que significa destruição da natureza”, alerta.