"Trabalhamos para dar vida mais adequada aos catarinenses e um futuro mais iluminado para todos que dependem de nossa energia”, afirmou o diretor de Distribuição da Celesc, Cleverson Siewert, ao encerrar, como representante do Governo do estado, a abertura do II Simpósio Estadual Objetivos do Milênio, nesta quartafeira, 28, na sede da Empresa, na Capital.

Siewert destacou o trabalho da Celesc voltado à sustentabilidade e também o conjunto de ações do Pacto pela Proteção Social firmado pelo governador Raimundo Colombo. O Plano contempla investimento de R$ 139,2 milhões em 15 ações, todas associadas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, como erradicar a pobreza: “Santa Catarina pretende ser o primeiro estado brasileiro a erradicar a extrema pobreza até 2014”, afirmou o diretor.

De acordo com o IBGE, as pessoas que vivem com até R$ 70 por mês estão na condição de extrema pobreza. Em Santa Catarina, existem 105 mil pessoas nessa condição que poderão ser beneficiadas com o Santa Renda, uma complementação do Bolsa Família do Governo Federal para famílias cadastradas em programas sociais e que não atingem essa renda mínima por pessoa. O Plano prevê que somente na erradicação da Extrema Pobreza serão investidos R$ 32,1 milhões; na área de Trabalho, Qualificação e Geração de Renda serão R$ 46,4 milhões e para Proteção Social e Garantia de Direitos, outros R$ 60,7 milhões.

Além do Santa Renda, outra ação do Governo em parceria com a Caixa Econômica Federal será prover saneamento básico para toda a população. O representante da Caixa no evento, Marcelo Luís Moser, falou da iniciativa que terá recursos de R$ 500milhões: “Historicamente, é o maior projeto da Caixa para financiar saneamento”, declarou.

Articulação – A fala da representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, Maria Celina Arraes, deu a tônica do Simpósio – Santa Catarina tem alguns dos melhores indicadores sociais do País, mas ainda possui grandes tarefas como a erradicação da pobreza e o acesso à educação em áreas rurais. “É o desafio de quem está à frente, quando o progresso em determinadas áreas ainda é mais difícil de alcançar”.

Ela assinalou os ODM como agenda mínima de direitos humanos, criada para influenciar os planos governamentais pelo mundo e dar voz aos mais pobres e vulneráveis. “Os Objetivos do Milênio são nosso desafio até 2015. Depois teremos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, cuja ênfase será claramente a erradicação da pobreza extrema, pois esse é o eixo da sustentabilidade”.

O representante do Movimento Nacional Nós Podemos, Odilon Faccio, relatou a mobilização alcançada pelos ODM.  “Hoje, o Movimento está presente em 26 estados brasileiros além do Distrito Federal. Nossa principal ação agora será pela articulação entre empresas, governo, setores privados e sociedade”, disse Faccio. Em Santa Catarina, até o ano passado 50 instituições haviam aderido ao Movimento. “Hoje, temos 72 e pretendemos até o final do ano chegar a 80 instituições participantes”.