Servidores estaduais da saúde poderão ter salários bloqueados em função da greve
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Governo tenta desmobilizar movimento em greve há 30 dias (Fotos: Luciano Moraes/Arquivo/ND)
Governo vai emitir folha de pagamente nesta segunda (26). Pagamento será restabelecido para quem retornar ao trabalho
Os servidores estaduais da saúde, em greve há mais de 30 dias, poderão ter o bloqueio da remuneração a partir de segunda-feira (26). De acordo com comunicado oficial da Secretaria Estadual de Saúde divulgado na última sexta (23), houve a decisão de disponibilizar a folha de pagamento no dia 26 em função da possível necessidade de processar uma folha suplementar. A medida foi tomada após a verificação dos registros de ponto.
Aqueles que não estiverem cumprindo as escalas de trabalho terão o pagamento suspenso. Desde o último dia 15, os servidores grevistas estão com o ponto cortado pelo governo, que na época já havia adiantado que os dias parados seriam descontados dos trabalhadores. Ainda conforme o Estado, os servidores que desejarem retornar ao trabalho, devem fazê-lo até a segunda para ter o pagamento restabelecido por meio da emissão de folha de pagamento complementar.
De acordo com coordenadora da sede regional do Sindsaúde (Sindicatos dos Trabalhadores da Saúde), Enilda Stolf, a medida era esperada desde o início da paralisação. “Sabíamos desse risco quando começamos o movimento. Vamos resolver o problema depois, quando estivermos na mesa de negociação”, comentou. Para o sindicato, a restrição do governo é mais uma tentativa de enfraquecer a mobilização. “O governo vai tentar de todas as maneiras desmobilizar o movimento, mas o movimento continua e está bem conciso”, destacou.
O grupo de grevistas em Joinville representa cerca da metade dos trabalhadores da duas unidades do Estado na cidade – Hospital Regional e Maternidade Darcy Vargas - , segundo estimativa do sindicato. A espera agora é pela chamada do governo na retomada das negociações. “O governo tem sido muito intransigente na negociação”, afirmou Enilda, criticando a falta de iniciativa do Estado em apresentar uma contraproposta às reivindicações da categoria.
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