Queda de avião monomotor deixa quatro mortos no Rio de Janeiro
Quatro pessoas morreram carbonizadas na queda de um avião monomotor na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã de ontem (2/03). A aeronave caiu e explodiu ao lado de um galpão próximo a uma concessionária de veículos, na Avenida das Américas, por volta das 11h45, logo após decolar do aeroporto de Jacarepaguá.
Segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), o avião modelo Cirrus SR 20 aterrissou para abastecimento e decolou às 11h43. Pelos prefixos informados à torre de controle de vôos (SIFU e SDQT), funcionários da Infraero disseram que o monomotor havia saído de uma fazenda no interior de São Paulo e seguia para aeroclube em Santa Catarina.
Logo depois da decolagem, o piloto teria comunicado à torre que havia muita fumaça no avião e que retornaria ao aeroporto.
O vendedor César Souza, da concessionária vizinha ao local da queda do avião, viu toda a trajetória do monomotor e pensou que o avião cairia em cima da loja.
?Eu estava no setor de seminovos atendendo um casal, quando percebemos a aproximação do avião. Ele voava muito baixo e quase batendo nos postes de iluminação da Avenida das Américas. Havia fumaça e de repente o piloto desviou a aeronave em direção ao galpão que está vazio, parecendo que já sabia que ia cair?, narrou a testemunha.
A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o piloto foi identificado como Frederico Carlos Xavier de Tolla e que seus documentos e do monomotor estavam em dia.
Ainda segundo a Anac, por ser de pequeno porte, o avião não tinha caixa-preta. A agência informou que o acidente será investigado pela Aeronáutica, que tem 90 dias para concluir o trabalho.
Os corpos das quatro vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, mas segundo os peritos, estão bastante desfigurados e é impossível fazer identificação visual.
Exames de raio-X da arcada dentária possibilitaram a identificação das vítimas do acidente com o avião monomotor que caiu ontem (02/03) na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Os corpos foram identificados hoje (03/03) no Instituto Médico Legal (IML).
Entre as quatro vítimas, estão o piloto Frederico Carlos Xavier de Tolla e o presidente da empresa Cota Empreendimentos Imobiliários, de Santa Catarina, Joci Martins. Segundo o diretor técnico da empresa, Marco Albertón, não foi preciso que parentes das vítimas fizessem testes de DNA, porque exames de raio-X da arcada dentária permitiram a identificação dos corpos.
Os passageiros tinham participado de um encontro da empresa Cirrus, fabricante do avião, em Piraí (RJ), e estariam retornando a Florianópolis. "Não temos ainda nenhuma informação concreta a respeito das causas do acidente. Tudo leva a crer foi algum fator externo: a aeronave era nova, um modelo bastante resistente, e o piloto, extremamente experiente, com mais de 30 anos de vôo", afirmou Albertón.
Segundo ele, a notícia da morte de todos os que estavam no avião teve muito impacto entre os parentes. "Foi uma surpresa muito grande para todos, em virtude das condições da aeronave, do próprio piloto. Era para ser um vôo tranqüilo, um passeio, e pegou todo mundo desprevenido."
Os corpos das vítimas foram liberados hoje, e os parentes do empresário, que chegaram ontem à noite de Florianópolis para fazer o reconhecimento, também já voltaram para Santa Catarina.
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