As dúvidas e as preocupações relacionadas ao Bullying escolar mobilizaram cerca de 500 educadores e gestores da educação nas redes públicas e privadas da região Oeste de Santa Catarina.
Eles participaram do debate promovido pela Escola do Legislativo, na tarde de ontem (28,) em parceria com o município de Herval D'Oeste.
A realização de duas palestras durante o encontro teve como foco principal divulgar a Lei nº 14.651, de autoria do deputado Joares Ponticelli (PP), que cria mecanismos de combate ao Bullying nas escolas, além de orientar pais e professores a identificar o fenômeno.
Na condição de palestrante, a promotora de Justiça e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do Ministério Público de Santa Catarina, Priscila Linhares Albino, falou sobre a importância da campanha “Bullying, isso não é brincadeira”.
Considerada uma das maiores entusiastas da campanha, a promotora enfatizou a importância da adoção de uma nova postura passando pela conscientização dos pais, professores e profissionais da área de educação. “Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade todos os direitos infanto-juvenis fundamentais”, destacou.
Segundo a promotora Priscila Albino, a campanha vem buscando sensibilizar pais, professores, alunos e a sociedade em geral no sentido de identificar, educar e impedir que este tipo de prática ocorra e que avance para a violência. “Com essa meta, criamos um material didático composto por folderes, cartilhas, gibis, marcadores de páginas e cartazes, com informações para crianças, adolescentes, família, e responsáveis por unidades escolares”, informou.
Dando sequência à tarde de palestras, a vice-presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre Bullying Escolar e autora de dois livros sobre o assunto, Cléo Fante, abordou a necessidade de diferenciar o Bullying de outras formas de violência. “Nem todo tipo de violência que ocorre no cenário escolar é Bullying, por isso precisamos estar atentos para saber lidar com cada situação. No Bullying, há danos psicológicos, além de físico atribuindo prejuízos para a educação e saúde”, alertou.
Em sua exposição, a especialista relatou inúmeros casos de Bullying ocorridos no mundo, alguns com consequências desastrosas por falta de orientação. “O primeiro passo é orientar, mas para isso os educadores precisam estar aptos a se posicionarem diante das crianças, jovens ou familiares. Com esse procedimento, a tendência é diminuir a violência escolar, assegurar a paz nas escolas e, principalmente, evitar que a vítima de Bullying se sinta só e rejeitada”, ensinou.
Como grande conhecedora do assunto, Cléo encerrou sua palestra recomendando que a melhor forma de acabar com o Bullying é verdadeiramente conhecendo a prática. “Convido a todos a conhecerem meu site WWW.bullying.pro.br”.
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