Em 2012, Santa Catarina registrou o menor índice de mortalidade infantil da última década. Foram 10,1 mortos a cada mil nascidos vivos. Dez anos atrás, o índice de mortalidade era de 15,3 bebês a cada mil que nasciam com vida.

A meta para 2013 é que a mortalidade infantil seja de um único dígito, prospecta o secretário-adjunto de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, ao explicar que a redução da mortalidade infantil foi possível devido à adoção de medidas como aumento da cobertura vacinal, aumento da cobertura pré-natal, promoção do aleitamento materno e ampliação dos serviços de saúde com a Estratégia Saúde da Família (ESF).

Para diminuir ainda mais os índices de mortalidade, o investimento terá de estar focado em tecnologia, conforme explica Carmem Delziovo, membro do grupo condutor estadual da Rede Cegonha. “Em Santa Catarina não temos mais histórico de mortes de bebês por desnutrição ou situações precárias de higiene. Por isso podemos focar em tecnologia, como UTI neonatal”, diz Carmem, ao acrescentar que a Rede Cegonha, recém-implantada em Santa Catarina, proporcionará esse investimento tecnológico.

Rede Cegonha está em cinco cidades catarinenses
Com foco no fortalecimento da atenção à gestante, ao parto, ao pós-parto e à criança de até dois anos, a Rede Cegonha tem como objetivo reduzir a mortalidade de recém-nascidos. Já estão disponíveis, desde dezembro, R$ 12 milhões para cinco cidades catarinenses: Jaraguá do Sul, Joinville, Mafra, Florianópolis e São José (veja, abaixo, quais hospitais foram beneficiados). Os recursos são para custeio de leitos de UTI neonatal e tratamento de gestação de alto risco, afirma Carmem Delziovo, acrescentando que foram contemplados hospitais de referência regional com maternidade e UTI neonatal.

O Estado vai receber, no total, recursos da ordem de R$ 52 milhões do governo federal para a Rede Cegonha. A implementação da Rede Cegonha, em Santa Catarina, começou pelo Planalto Norte, Nordeste e Grande Florianópolis. Mas este ano será levada também ao Sul catarinense e ao Planalto Serrano, conforme explica a gerente de Coordenação da Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde, Lizete Contin.

Na próxima segunda-feira (18), haverá uma oficina sobre a Rede Cegonha para as 22 cidades da Grande Florianópolis. Será no auditório do Tribunal Regional do Trabalho, das 8h30min às 17h, e envolverá gestores municipais, técnicos e profissionais dos hospitais da região.

Hospitais beneficiados com recursos da Rede Cegonha
Jaraguá do Sul – Hospital e Maternidade Jaraguá – R$ 1,9 milhão
Joinville – Maternidade Darcy Vargas – R$ 3,8 milhões
Mafra – Maternidade Dona Catarina Kuss – R$ 1 milhão
Florianópolis – Maternidade Carmela Dutra – R$ 3,3 milhões
São José – Hospital Regional de São José – R$ 1,8 milhão