Segundo pesquisa da FIESC, o índice passou de 54,4 pontos em julho para 63 pontos em outubro.


Segundo pesquisa da FIESC, o índice passou de 54,4 pontos em julho para 63 pontos em outubro. Este é o melhor resultado desde janeiro de 2005, mas a confiança da indústria catarinense ainda está abaixo da média nacional

A confiança do industrial catarinense na economia aumentou em outubro. O índice saltou de 54,4 pontos em julho para 63 pontos no décimo mês do ano, um acréscimo de 8,6 pontos. Segundo a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial Catarinense (ICEI), divulgada pela FIESC nesta segunda-feira (26), este é o melhor resultado desde janeiro de 2005.

"Embora os indicadores acumulados em 2009 sobre o desempenho da indústria catarinense ainda estejam negativos, o otimismo dos empresários demonstrado na pesquisa é um dado muito importante para avaliarmos a retomada da economia", diz o presidente do Sistema FIESC, Alcantaro Corrêa. "A evolução nas expectativas dos empresários reflete os sinais de melhoria no cenário, com retomada de encomendas à indústria. E é especialmente importante para os investimentos futuros, pois se os industriais não estão confiantes, os projetos ficam na gaveta. E sem investimento, não existe crescimento sustentado da economia", acrescenta Corrêa, chamando atenção para o fato de a pesquisa confirmar a perspectiva de melhoria do cenário econômico em 2009.

O ICEI, medido trimestralmente, varia no intervalo de 0 a 100, revelando confiança quando o resultado fica acima de 50 e falta de confiança quando fica abaixo disso. Segundo os empresários catarinenses, as condições atuais da economia também estão melhores. O indicador passou de 43 pontos em julho para 58 pontos em outubro - alta de 15 pontos. Esta é a primeira vez em 2009 que este índice ultrapassa a linha dos 50 pontos. Ainda de acordo com a pesquisa, a percepção dos empresários é de que a economia nacional está melhor que a do estado. Os números são mais fortes do que antes do início da crise porque partem de um patamar mais baixo.

Segundo o levantamento, as expectativas do industrial do estado são otimistas. O indicador passou de 60,2 pontos em julho para 65,4 pontos em outubro. A junção das taxas de condições atuais e expectativas resultaram no índice de confiança de 63 pontos em outubro. O indicador nacional ficou em 65,9 pontos neste mesmo período de análise. "O perfil exportador do estado influencia neste resultado, pois sente o impacto do câmbio", avalia Corrêa.

Em relação aos principais problemas enfrentados pelas indústrias do estado no terceiro trimestre, por ordem de importância, foram a elevada carga tributária, a competição acirrada de mercado, a taxa de câmbio e falta de capital de giro. Na opinião dos executivos, as perspectivas são de aumento da demanda e estabilidade nas exportações e no emprego para os próximos seis meses.

A pesquisa foi realizada pela FIESC em conjunto com a CNI entre os dias 30 de setembro e 23 de outubro, com 92 indústrias de pequeno, médio e grande porte.