Governo apresenta nova proposta para tentar colocar fim à greve da Saúde
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Pacientes permaneciam nos corredores do Celso Ramos na tarde de quarta-feira. (Fotos: Débora Klempous/ND)
Para encerrar a paralisação, oferta deve atender a reivindicações dos servidores.
O fechamento do Centro Cirúrgico do Hospital Celso Ramos, na Capital, anunciado na terça-feira, expôs a situação complicada da saúde estadual, e motivou ações e decisões do governo e de entidades médicas. À tarde, o Cremesc (Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina) pediu intervenção federal no Estado. À noite, o governador Raimundo Colombo teve uma reunião a “portas fechadas” com representantes da saúde e cúpula do governo. Ele pediu avanço nas negociações que leve ao fim da greve iniciada em 23 de outubro e definiu para hoje a apresentação de uma nova proposta ao comando grevista.
Ao final da reunião, o conteúdo do documento ainda não estava formulado, mas de acordo com o secretário-adjunto da Saúde, Acélio Casagrande, deve levar em conta as reivindicações da categoria, podendo inclusive ter a participação do sindicato na elaboração. “O que o governo quer é melhorar significativamente o atendimento da saúde. Queremos o fim da greve e também executar uma nova gestão nos hospitais para que o que vinha ocorrendo antes da greve não aconteça mais”, pontuou.
Se o sindicato não sinalizar o fim do movimento até sexta, o governo dará andamento ao edital para contratação de cerca de mil temporários, que substituiriam os grevistas. Casagrande reiterou que a situação dos hospitais públicos não é tão caótica quanto a mostrada nos últimos dias. O Estado tem hoje contrato com 200 hospitais e instituições de saúde, e de acordo com o secretário-adjunto, apenas oito foram afetados pela greve. “A situação não é a que se pinta”, criticou.
Casagrande também anunciou a reabertura de três salas do centro cirúrgico do Celso Ramos. E que os pacientes que estavam sem leitos começaram a ser transferidos para outras instituições da região com vagas disponíveis. Quanto à contratação de médicos, alega que o Estado tem dificuldades para encontrar profissionais interessados. “As contratações devem acontecer, o problema é conseguir atraí-los [os funcionários] para o serviço púbico”, disse.
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