Segundo o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, o reajuste vem no pior momento possível para as empresas.

A Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias (FIESC) se reuniu nesta terça-feira (8) para discutir o posicionamento da indústria catarinense frente ao aumento do preço do gás natural no Estado, que deve ser anunciado nesta semana. Segundo o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, o reajuste vem no pior momento possível para as empresas, pois no começo do ano o fluxo de caixa fica prejudicado pela atividade em baixa, as férias e o 13º salário pago no final do ano. ?Por isso, queremos que esse aumento seja postergado o máximo possível e, além disso, parcelado, para não impactar os nossos custos do dia para a noite?, afirmou Corrêa.

O presidente da SCGás, Ivan Ranzolin, participou da reunião na FIESC e se disse sensível ao pleito da indústria. ?Sei que esse é um período do ano complicado para as empresas, e vou defender junto ao conselho de administração da SCGás que possamos atender isso na medida do possível?, disse. ?Já posso garantir que o reajuste, para as indústrias, será só a partir de fevereiro?, e não em janeiro, como era previsto anteriormente, completou.

Ranzolin informou que o reajuste da SCGás para os consumidores industriais ficará entre 10% e 15% - o valor final deve ser anunciado ainda esta semana.

O presidente da FIESC e representantes de indústrias que participam da Câmara de Energia da entidade se disseram surpresos com os percentuais apresentados por Ranzolin para o reajuste. ?Sabíamos que o aumento viria, mas esperávamos algo em torno de 6% ou 7%. Isso reforça ainda mais a necessidade de que esse incremento no preço seja parcelado?, disse Corrêa.