Começa nesta sexta-feira, dia 6, o 12º Florianópolis Audiovisual Mercosul, com abertura às 19:30, no CIC - Centro Integrado de Cultura, com sessões - todas gratuitas - ao longo do dia, até dia 13
Começa nesta sexta-feira, dia 6, o 12º Florianópolis Audiovisual Mercosul,
com abertura às 19:30, no CIC - Centro Integrado de Cultura. O FAM 2008
promete exagerar na conta, mesmo em comparação aos significativos números
dos festivais anteriores - na edição passada, marcaram presença mais de 21
mil espectadores, além de autoridades e realizadores convidados. Este ano,
de 6 a 13 de junho, as mostras competitivas trazem 20 curtas-metragens,
nove produções destinadas à Mostra Infanto-Juvenil e 45 vídeos do
Mercosul, além dos nove filmes convidados para a mostra principal de
Longas do Mercosul. Com apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC)
através do Funcultural, o FAM 2008 terá sessões - todas gratuitas - ao
longo do dia no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC).
Também serão realizadas exibições paralelas da Mostra Extra-FAM no Cinema
do CIC, com 25 trabalhos de ficção e documentário, sendo 10 deles a aposta
do ano para estreitar os laços do Mercosul com o bloco europeu: é a Mostra
de Cinema da Finlândia traçando um panorama inédito no sul do país. A
agenda ainda contempla homenagens especiais, de âmbito local e nacional, e
um dos propósitos fundamentais do evento desde as origens: as mesas de
debates do Fórum Audiovisual Mercosul, transmitidas em tempo real pela
internet, com a presença de algumas das mais importantes autoridades do
setor audiovisual do Brasil, nações vizinhas e visitantes do velho
continente.
Marca registrada do festival, a gratuidade de todas as sessões objetiva
ainda promover a formação de público e aprimorar a cidadania cultural.
Idealizador do evento, ao lado da Associação Cultural Panvision, Antônio
Celso dos Santos analisa o sucesso alcançado: "O FAM acabou se tornando
uma referência nacional e internacional, já que o público freqüentador do
festival tem a oportunidade de assistir, ano após ano, a uma programação
diferenciada, de qualidade, repleta de filmes não hegemônicos".
Segundo previsão dos organizadores, o FAM 2008 atingirá a marca de mais de
1.050 produções exibidas ao longo de suas doze temporadas, com muitas
premiações, filmes e artistas convidados. As discussões realizadas nos
fóruns acerca da produção, distribuição e realização de obras firmam um
cenário paralelo, alinhavando espaços de discussão e diálogo que não
abrangem apenas o cinema como arte final, mas também um grande painel de
fomento ao audiovisual no Mercosul, incluindo temas como o papel das TVs
públicas e a cooperação entre os mercados latino-americanos.
Como de praxe, os longas encerram a programação do dia, sempre às
21h30min. Aqui, o cinema catarinense ganha no FAM a estréia de Doce de
Coco, de Penna Filho, resultado do prêmio edital Cinemateca do Estado. O
rol de longas nacionais abre com Bodas de Papel, de André Sturn, e fecha
com Chega de Saudade, última produção de Laís Bondanski (Bicho de Sete
Cabeças) e sucesso no Brasil ainda inédito no estado. Passando ainda por
Simples Mortais, de Mauro Giuntini e Corpo, de Rossana Foglia e Rubens
Rewald. Os parceiros do Mercosul aparecem entre os argentinos La Peli, de
Gustavo Postiglione e A Cada Lado, de Hugo Grosso; o chileno Microfilia,
de Nehoc Davis; e a co-produção Chile-Argentina-Uruguai Matar a Todos, da
Estéban Schroeder.
Com a responsabilidade de colocar Florianópolis na rota dos festivais de
cinema pelo país, o FAM nasceu em 1997 como uma iniciativa da produtora
Panvision. Após a solidificação do evento, hoje conhecido em diversos
países, a produtora conquistou o reconhecimento do público e da classe
pelo trabalho de difusão cultural das diversas cinematografias do Brasil e
do Mercosul, enfraquecidas pela agressiva divulgação de filmes
norte-americanos negociados em pacotes planetários.
Nos primórdios, o FAM era um seminário sobre cinema, promovido com o apoio
da Cinemateca Catarinense, a UFSC e a Funcine. Chamava-se I° Seminário de
Cinema e Televisão do Mercosul e tinha por objetivo discutir a legislação
e a distribuição dos produtos audiovisuais. Entre os temas propostos, a
democratização dos meios de comunicação e o início do processo de
massificação do cinema brasileiro na televisão.
O desejo do idealizador do evento, Antônio Celso dos Santos, era promover
parcerias entre cineastas e demais produtores culturais com o empresariado
de televisão do Mercosul. Outro compromisso, com o desenvolvimento local
do setor, veio através da garantia, firmada pelo secretário estadual de
cultura, de honrar os prêmios do edital para o cinema catarinense, agora
com lançamento anual em meio à programação do próprio FAM.
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