Na avaliação foi um marco para o crescimento do comércio internacional

Fundamental para o desenvolvimento do Extremo Oeste catarinense, o novo Porto Seco de Dionísio Cerqueira foi inaugurado nesta quinta-feira (07/12), com a presença de lideranças da Facisc.
Participaram do encontro o presidente eleito Elson Otto, o atual diretor de relações internacionais, Sérgio Matte e o diretor de comércio exterior, Volmir Marcos Voltolini. “O Porto Seco de Dionísio Cerqueira é resultado de esforços conjuntos, destacando-se como uma antiga reivindicação do Programa Voz Única, promovido pela Facisc. A privatização e ampliação deste Porto trará inúmeros ganhos que vão impulsionar o desenvolvimento econômico local e regional.”, declarou Elson Otto.
Segundo Elson, com a Aduana ampliada e modernizada, haverá ampliação de uma média de 80 caminhões/dia para 500 caminhões/dia. “Teremos geração de empregos diretos e indiretos, redução de custos logísticos, aumento da arrecadação de impostos, melhorias na infraestrutura regional e oportunidades de novos negócios. Esta ampliação é o resultado de esforços conjuntos da classe empresarial e política. São conquistas notáveis que proporcionarão eficiência e agilidade às operações de comércio internacional”, acrescentou.
Com a inauguração, a alfândega será responsável pela divisa com a Argentina e conexão com os demais países do Mercosul. Foram investidos R$50 milhões pela iniciativa privada impulsionados pela entrada em vigor da lei estadual 17.762/19, que trata dos benefícios fiscais de importação do Mercosul (exceto Uruguai), para empresas que realizarem o desembaraço aduaneiro em Santa Catarina. Devem ser gerados 55 empregos diretos.
A partir de 1º de janeiro de 2024, os incentivos fiscais concedidos a bens ou mercadorias importados por via terrestre dos países do Mercosul estarão condicionados à entrada e ao desembaraço pela aduana de Dionísio Cerqueira. Trata-se da única ligação oficial de Santa Catarina com os países que compõem o bloco econômico.
A obrigatoriedade é prevista em lei estadual desde 2019, mas a entrada em vigor foi prorrogada de lá para cá em razão da pandemia da Covid-19 e devido à falta de capacidade do porto seco do município em atender a demanda até então.
A regra tem como exceção a importação terrestre de mercadorias vindas do Uruguai, que por razões logísticas podem ser desembaraçadas em qualquer porto catarinense.
A logística do estado também vai ser positivamente impactada, informou o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins. Com a entrada em vigor das novas normas, a SEF/SC vai monitorar o desempenho das importações via Dionísio Cerqueira para avaliar a necessidade de eventuais ajustes a médio e longo prazo.