SindiTabaco ampliou a parceria com a AGEFA, mantenedora da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul, que completa 4 anos nesta sexta-feira

O SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco), por meio do Programa Crescer Legal, renovou convênio com a Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (AGEFA), ampliando a concessão de bolsas de estudos na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC). Em 2013, 15 estudantes terão acesso ao Ensino Médio Técnico Agrícola por meio desta parceria. A renovação aconteceu na semana em que a EFASC, a primeira Escola Família Agrícola do Rio Grande do Sul, apontada como solução de ensino para o meio rural, completou 4 anos de trabalho baseados na pedagogia da alternância. Em 2011 e 2012, foram concedidas 10 bolsas de estudo.

De acordo com o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, a ação tem como objetivo oferecer aos jovens do campo uma oportunidade de qualificação nos estudos por meio da capacitação técnica, preparando-os para a sucessão com tranquilidade e dentro da legislação. “A ampliação do número de bolsas demonstra que acreditamos no trabalho desta instituição de ensino. Parcerias como esta fazem parte da essência do Crescer Legal e tem relação com o objetivo principal do programa: prevenir e combater o trabalho de crianças e adolescentes na cultura do tabaco com o incentivo à educação dos filhos dos produtores e à qualificação do jovem rural”, afirma Schünke.

Para o presidente da Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (AGEFA), mantenedora da Escola, Elton Roberto Hein, a EFASC se firma no cenário regional com uma amplitude de parcerias de cunho público e privado, tendo como foco a formação integral e técnica agrícola de filhos de agricultores do Vale do Rio Pardo. “Assim, somando forças para proporcionar uma maior qualificação desses jovens, possibilitamos que estes possam garantir a sucessão da propriedade familiar”.

O coordenador da EFASC, João Paulo Reis Costa, destaca que as parcerias da escola são fundamentais para a manutenção desse projeto, pois todos os parceiros tem ligação direta com a temática do campo. “Temos a compreensão que é preciso experiências concretas e sustentáveis, para assim construir alternativas ao jovem do campo, bem como para suas famílias. A EFASC firma-se, assim, como uma experiência de suma importância para a educação do campo no estado do RS”.

ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA – Em funcionamento desde 2009, a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul atua na educação de Ensino Médio e Técnico em Agricultura. É o primeiro curso técnico que utiliza a metodologia da Pedagogia da Alternância no Rio Grande do Sul e pretende proporcionar aos jovens filhos de agricultores do Vale do Rio Pardo uma educação com um efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade, bem como a compreensão global do processo produtivo.

Atualmente, a EFASC está desenvolvendo suas atividades junto ao campus central da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC e acolhendo os estudantes durante o regime de internato nas dependências do Seminário São João Batista, em Linha Santa Cruz. Conta com 104 estudantes oriundos do meio rural de doze municípios do Vale do Rio Pardo. Os custos para a formação são arcados pelas famílias, com uma contribuição voluntária mensal e o restante dos recursos são providos pela concessão de bolsas de estudos pelos parceiros.

Números oficiais atestam sobre o alto índice de contribuição das EFA’s para o desenvolvimento local, a qualificação técnica da juventude e dos agricultores, a formação de lideranças comunitárias, a geração de renda e a diminuição radical do êxodo rural. Tal situação também é identificada nos 20 Estados brasileiros onde existem Escolas Famílias Agrícolas em funcionamento, envolvendo diretamente mais de 5.500 comunidades rurais.

O convênio com a Escola Família Agrícola faz parte do programa Crescer Legal, ação conjunta entre o SindiTabaco, empresas associadas e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), que tem o objetivo de prevenir e combater o trabalho de crianças e adolescentes na cultura do tabaco, por meio da conscientização dos produtores integrados e da sociedade, bem como de projetos sociais no âmbito da educação e do lazer.