Apresentar maneiras de a escola lidar com as diferentes formações de família.
Apresentar maneiras de a escola lidar com as diferentes formações de família. Esse é o objetivo da cartilha “Familiarizando a adoção nas escolas”, lançada pelo Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis (Geaaf), na tarde de hoje (13). O evento, apoiado pela Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, ocorreu hoje à tarde (13) também como forma de comemorar os 19 anos da Lei n.º 8.609, que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Segundo a presidente do Geaaf, Úrsula Carreirão, a cartilha serve para levar aos professores algumas maneiras de abordar o tema. “Compreender é necessário. Há muito que se aprender com as particularidades de cada história. Existem muitas formas de família como filhos que moram com os avós, ou que vivem somente com a mãe. A escola tem que saber lidar com isso.”
Presidindo a reunião, a deputada Angela Albino (PCdoB) declarou que a Assembleia Legislativa tem papel importante nesse tema. “O Brasil é um país de muitos contrastantes. De um lado temos muitas crianças para a adoção e de outro, temos muitos casais querendo adotar. É preciso fazer essa conexão e por isso temos que dar a visibilidade necessária ao assunto. É um olhar fraterno do Poder Legislativo”, disse.
O representante da Vara da Infância e Juventude em Florianópolis, Ênio Gentil Vieira, afirmou que a cartilha vem ajudar muito no trato do tema. “A adoção ainda precisa ser desmitificada e os conceitos devem ser reconstruídos e ampliados. As pessoas precisam conhecer melhor o assunto e a escola é um bom ponto de referência.” De acordo com ele, o Brasil ainda não vive uma cultura de adoção e impõe preferências em relação à criança a ser adotada. “A maioria dos casais que nos procuram pedem meninas brancas e com menos de seis meses. E a nossa realidade é outra. Temos que desconstruir para construir novos conceitos.” Dados da Vara da Infância e do Adolescente apontam que, no estado, há cerca de 1.400 crianças abrigadas e que 10% estão aptas para adoção.
A cartilha
A publicação é dividida em quatro capítulos: família, adoção, escola e dicas para práticas docentes. Cada um deles traz situações diferentes. O primeiro mostra as várias possibilidades de família. O segundo, trata sobre a adoção propriamente dita e o que ela significa. Os dois últimos capítulos falam do papel da escola na construção de vivências que incluam múltiplas configurações familiares.
Todos os capítulos são seguidos por sugestões de livros e filmes que debatem o tema. Ao final da cartilha há uma listagem com endereços de todos os grupos de apoio a adoção de Santa Catarina
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