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Brasília e Paramaribo - A ordem de retorno do clima de normalidade, determinada pelo governo do Suriname, ainda não foi seguida na região de Albina (localizada a 150 km de Paramaribo, capital do país), onde houve o ataque a brasileiros na véspera do Natal. Os poucos brasileiros que circulam na cidade são hostilizados. A recomendação dos policiais é para que evitem o local. As imagens ainda são desoladoras: construções incendiadas e lojas fechadas.
Desde o conflito do último dia 24, quando “marrons” (como são chamados os quilombolas no país) atacaram brasileiros, chineses e javaneses com agressões físicas, estupros e depredações, os brasileiros foram retirados da região Albina. A maioria está hospedada em hotéis na capital do Suriname, alguns foram para casa de amigos e um pequeno grupo retornou ao Brasil.
Na capital do Suriname, os brasileiros podem andar pelas ruas e frequentar o comércio, sem restrições nem agressões verbais. Porém, os que viviam em Albina querem retornar para a cidade e manter as atividades que desempenhavam – basicamente exploração de garimpo e comércio.
Em conversas com diplomatas, o grupo que está hospedado em Paramaribo demonstrou interesse em permanecer no Suriname. O objetivo dos homens e mulheres é economizar dinheiro, a partir da exploração do garimpo, para só depois retornar ao Brasil.
Paralelamente o governo brasileiro vai definir até o final desta semana se haverá envio de ajuda financeira aos brasileiros, que foram retirados da região de Albina, e a possibilidade de reencaminhá-los para a área com apoio logístico e de segurança.
Os brasileiros que retornaram ao Brasil receberam US$ 100 e uma muda de roupa. De acordo com diplomatas, as despesas com dinheiro e roupas estão incluídas na assistência consular. Os gastos de hospedagem, alimentação e vestimentas, além de hospital e medicamentos, são custeados pelo governo brasileiro. No total cerca de US$ 40 mil foram gastos.
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