"Justiça Restaurativa" tem como objetivo contribuir para a melhoria dos ambientes educacionais e o fortalecimento dos laços interpessoais

Mais de 130 profissionais da educação, como diretores, supervisores e orientadores escolares da rede municipal, participaram de uma sensibilização para entender a metodologia do círculo de construção de paz da Justiça Restaurativa, norteadora do projeto Escola Restaurativa - que objetiva promover reflexões para melhorar os relacionamentos interpessoais e transformar conflitos na comunidade escolar por meio de rodas de conversa. As oficinas foram ministradas na última semana (2/2), nas salas de aula da Escola Básica Municipal João Virgílio Pereira, no bairro Cedros, em Camboriú.

A juíza Karina Müller, diretora do foro da comarca de Camboriú e titular da Vara da Família, Infância, Juventude, Idoso, Órfãos e Sucessões daquela unidade, participou da atividade, que foi o primeiro passo para alcançar 17 mil alunos do ensino municipal de Camboriú. Para ela, a experiência de sensibilização dos gestores da rede municipal de educação de Camboriú foi muito positiva, na medida em que muito se fala em Justiça Restaurativa, mas poucos têm a oportunidade de vivenciar os círculos de construção de paz. A próxima etapa será a escolha dos 25 gestores que serão capacitados para, no futuro, serem os multiplicadores.

“É importante registrar que a vivência oportunizada pela Escola Restaurativa faz parte de uma das etapas da implementação do programa, que se assenta em três pilares: oportunizar e encorajar o diálogo; fazer com que todos se sintam pertencentes ao ambiente escolar e à comunidade em que estão inseridos, e reforçar o ideal de corresponsabilidade, para que todos se sintam responsáveis e atuem positivamente na construção de um ambiente justo e pacífico para toda a comunidade institucional”, ressalta a magistrada.

Para a promotora de justiça Caroline Cabral Zonta, da 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Camboriú, que atende a área da infância e juventude, a sensibilização foi importante para eles entenderem o método usado pelos facilitadores para realizar uma prática restaurativa e educativa que busque prevenir a violência escolar e mediar conflitos, oportunizando a escuta ativa e respeitosa das situações que permeiam a convivência escolar.