Recuo aparece tanto em relação as condições econômicas atuais quanto nas expectativas para os próximos meses

A confiança da indústria foi comedida no primeiro semestre de 2024, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de junho, que marca o fim da primeira metade do ano, o período passou por pequenas oscilações. Apesar disso, o indicador ficou sempre acima da linha de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança.

?Ainda há outros fatores econômicos que afetam a confiança do empresário industrial, como a Reforma Tributária, que ainda está em fase de regulamentação; e como as taxas de juros que, apesar de terem recuado em relação ao ano passado, ainda seguem em um patamar que restringe a atividade econômica”, explica a economista da CNI, Larissa Nocko.

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Resultado do sexto mês do ano

Em junho, o ICEI recuou 0,8 ponto, de 52,2 pontos para 51,4 pontos. O Índice de Condições Atuais caiu de 47 pontos para 46,2 pontos e indica uma percepção ainda mais negativa das condições atuais da economia brasileira e das empresas na comparação com os últimos seis meses.

O Índice de Expectativas recuou de 54,8 pontos para 54,0 pontos. Apesar de continuar acima da linha divisória de 50 pontos, a queda apresenta um otimismo moderado em relação à economia e às empresas para os próximos seis meses.

De forma geral, a confiança da indústria para o início do ano está acima da linha divisória, mas está abaixo da média histórica (54 pontos) e bem abaixo quando comparada com o mês de junho de anos anteriores, como 2021 (61,7 pontos) e 2022 (57,8 pontos).

Sobre o ICEI

O ICEI consulta empresários industriais para prever o desempenho e sinalizar as mudanças de tendência da atividade industrial. A pesquisa é mensal e coleta as informações necessárias para a construção do ICEI, da Sondagem Industrial e da Sondagem Indústria da Construção.