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Segunda-Feira, 6 de Maio de 2024




BRDE quer ampliar alcance

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O banco quer se tornar mais conhecido e financiar, em 2003, R$ 345 milhões em novos projetos, dos mais variados setores, com destaque para o plantio

Chegar mais perto dos catarinenses e mostrar, olho no olho, todas as possibilidades de financiamento que o BRDE oferece. É essa, em síntese, a grande diretriz do Banco Regional de Desenvolvimento, instituição financeira pública de fomento criada pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná há exatos 42 anos e hoje presidida pelo ex-senador Casildo Maldaner. Em entrevista exclusiva à RCN, Maldaner explica as metas do banco.

RCN: Sabemos que o BRDE, ao longo de 42 anos de atuação, já financiou cerca de US$ 16 bilhões distribuídos em mais de 40 mil projetos. Quais setores o BRDE considera, hoje, como prioritários para alavancar o desenvolvimento em Santa Catarina?

Maldaner: Não há um setor específico. Todas o setor produtivo, seja ele industrial ou agrícola, gera desenvolvimento. Hoje há uma tendência forte de investir em micro e pequenas empresas, que apresentam alto índice de geração de emprego e distribuição de renda. O setor de planejamento do banco trabalha constantemente na descoberta e no incentivo ao crescimento de nichos de mercado, ou clusters, que são uma cadeia produtiva que se constrói em torno de uma atividade principal. Nossa função não é apenas gerar o desenvolvimento através de crédito financeiro, mas também pela contribuição do nosso corpo técnico. Atualmente, o banco está querendo ampliar ainda mais seu alcance, se tornando conhecido no Estado inteiro.

RCN: De que forma tenciona fazer isso?

Maldaner: Através da realização de encontros de capacitação, em parceria com as Secretarias de Desenvolvimento Regional, nossos técnicos vão até os municípios, onde reúnem líderes empresariais, agricultores, políticos, entre outros, para que tomem conhecimento de todas as possibilidades que o BRDE pode oferecer. Já foram realizados encontros em Lages, Caçador e Curitibanos e outras cidades estão sendo programadas.

RCN: Quais os critérios para avaliar (e eleger) projetos onde serão aplicados recursos do BRDE?

Maldaner: Basicamente o critério técnico. Antes de ser aprovado, um projeto passa por diversos comitês de avaliação, que vão dizer se a empresa tem condições ou não de receber o financiamento. Mas, sempre, o critério maior é a geração de desenvolvimento, emprego, renda, contribuindo com o crescimento de Santa Catarina.

RCN: Existe um Programa de Investimentos do BRDE?

Maldaner: O BRDE opera com várias fontes de recursos, a maioria provenientes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico). E com a atual situação de solidez em que o BRDE se encontra, o limite de recursos é bem ampliado. Não há um "Programa de Investimentos" específico. O banco oferece várias linhas, para os mais diversos setores. Cada pedido se enquadra em uma linha. Um exemplo de linha é a do "Plantio de Florestas com Fins Comerciais", que disponibiliza até R$ 150.000,00 para plantação de florestas, com prazo de até 12 anos e carência de até 8, e juros fixos de 8,75% ao ano. Há ainda o Finame, que financia aquisição de máquinas e equipamentos, entre tantos outros.

RCN: Qual a meta para 2003?

Maldaner: A meta do banco para 2003 é financiar R$ 345 milhões em novos projetos. No final de maio, já havíamos financiado 51% da meta, com uma expectativa de R$ 64 milhões em incremento ao ICMS e a geração ou manutenção de 12.640 postos de trabalho. Os números são animadores.

Mais de 40 mil projetos

Como instrumento governamental para a promoção do desenvolvimento da Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), o BRDE financiou, nestes 42 anos de atividades, um montante acumulado de US$ 16 bilhões, induzindo investimentos totais de US$ 36,2 bilhões, distribuídos entre mais de 40 mil projetos, que resultaram na geração e manutenção estimada de 1,3 milhões de postos de trabalho e em um adicional de arrecadação, para os Estados controladores, da ordem de US$ 4,7 bilhões. O BRDE possui agências em Porto Alegre (RS), onde também se situa sua sede, Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). Cada agência é responsável pela condução dos negócios no respectivo Estado.

O balanço de 2002

O BRDE alcançou as metas operacionais estipuladas e aprovou, ao longo do ano de 2002, um total de 6.299 operações de crédito no valor total de R$ 543 milhões, o que representa um acréscimo nominal de 35% sobre as aprovações do ano anterior e um crescimento real de 8% no ano, quando deflacionado pelo IGP-M. As operações contratadas totalizaram R$ 428 milhões, apresentando um acréscimo nominal de 27%.

Plantio de florestas

O BRDE aprovou uma nova política operacional para plantio de florestas para fins comerciais, oferecendo juros baixos (8,75% ano ano) e longos prazos de pagamento - até 12 anos, com 8 de carência. O estimulo ao setor é oportuno. Segundo a Sociedade Brasileira de Silvicultura, atualmente, o déficit de madeira - diferença entre a área cortada e a área plantada - na Região Sul é de 60 mil ha/ano. No Brasil, este déficit é de 300 mil ha/ano. São cortados cerca de 450 mil ha/ano e plantados apenas 150 mil ha/ano. Além disso, o segmento de base florestal tem grande peso na economia: gerou receitas da ordem de US$ 20 bilhões, em 1999, abrindo um mercado de 700 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos, participando com cerca de 4% do PIB nacional.

Podem apresentar projetos ao BRDE empresas de qualquer porte associações e cooperativas de produtores rurais, além de pessoas físicas com efetiva atuação no segmento agropecuário. Os projetos têm que atender às normas da Legislação Ambiental e do Código Florestal Vigente e serem apresentados sob a responsabilidade técnica de profissionais habilitados, como engenheiros agrônomos.

Chegar mais perto dos catarinenses e mostrar, olho no olho, todas as possibilidades de financiamento que o BRDE oferece. É essa, em síntese, a grande diretriz do Banco Regional de Desenvolvimento, instituição financeira pública de fomento criada pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná há exatos 42 anos e hoje presidida pelo ex-senador Casildo Maldaner. Em entrevista exclusiva à RCN, Maldaner explica as metas do banco.

RCN: Sabemos que o BRDE, ao longo de 42 anos de atuação, já financiou cerca de US$ 16 bilhões distribuídos em mais de 40 mil projetos. Quais setores o BRDE considera, hoje, como prioritários para alavancar o desenvolvimento em Santa Catarina?

Maldaner: Não há um setor específico. Todas o setor produtivo, seja ele industrial ou agrícola, gera desenvolvimento. Hoje há uma tendência forte de investir em micro e pequenas empresas, que apresentam alto índice de geração de emprego e distribuição de renda. O setor de planejamento do banco trabalha constantemente na descoberta e no incentivo ao crescimento de nichos de mercado, ou clusters, que são uma cadeia produtiva que se constrói em torno de uma atividade principal. Nossa função não é apenas gerar o desenvolvimento através de crédito financeiro, mas também pela contribuição do nosso corpo técnico. Atualmente, o banco está querendo ampliar ainda mais seu alcance, se tornando conhecido no Estado inteiro.

RCN: De que forma tenciona fazer isso?

Maldaner: Através da realização de encontros de capacitação, em parceria com as Secretarias de Desenvolvimento Regional, nossos técnicos vão até os municípios, onde reúnem líderes empresariais, agricultores, políticos, entre outros, para que tomem conhecimento de todas as possibilidades que o BRDE pode oferecer. Já foram realizados encontros em Lages, Caçador e Curitibanos e outras cidades estão sendo programadas.

RCN: Quais os critérios para avaliar (e eleger) projetos onde serão aplicados recursos do BRDE?

Maldaner: Basicamente o critério técnico. Antes de ser aprovado, um projeto passa por diversos comitês de avaliação, que vão dizer se a empresa tem condições ou não de receber o financiamento. Mas, sempre, o critério maior é a geração de desenvolvimento, emprego, renda, contribuindo com o crescimento de Santa Catarina.

RCN: Existe um Programa de Investimentos do BRDE?

Maldaner: O BRDE opera com várias fontes de recursos, a maioria provenientes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico). E com a atual situação de solidez em que o BRDE se encontra, o limite de recursos é bem ampliado. Não há um "Programa de Investimentos" específico. O banco oferece várias linhas, para os mais diversos setores. Cada pedido se enquadra em uma linha. Um exemplo de linha é a do "Plantio de Florestas com Fins Comerciais", que disponibiliza até R$ 150.000,00 para plantação de florestas, com prazo de até 12 anos e carência de até 8, e juros fixos de 8,75% ao ano. Há ainda o Finame, que financia aquisição de máquinas e equipamentos, entre tantos outros.

RCN: Qual a meta para 2003?

Maldaner: A meta do banco para 2003 é financiar R$ 345 milhões em novos projetos. No final de maio, já havíamos financiado 51% da meta, com uma expectativa de R$ 64 milhões em incremento ao ICMS e a geração ou manutenção de 12.640 postos de trabalho. Os números são animadores.

Mais de 40 mil projetos

Como instrumento governamental para a promoção do desenvolvimento da Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), o BRDE financiou, nestes 42 anos de atividades, um montante acumulado de US$ 16 bilhões, induzindo investimentos totais de US$ 36,2 bilhões, distribuídos entre mais de 40 mil projetos, que resultaram na geração e manutenção estimada de 1,3 milhões de postos de trabalho e em um adicional de arrecadação, para os Estados controladores, da ordem de US$ 4,7 bilhões. O BRDE possui agências em Porto Alegre (RS), onde também se situa sua sede, Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). Cada agência é responsável pela condução dos negócios no respectivo Estado.

O balanço de 2002

O BRDE alcançou as metas operacionais estipuladas e aprovou, ao longo do ano de 2002, um total de 6.299 operações de crédito no valor total de R$ 543 milhões, o que representa um acréscimo nominal de 35% sobre as aprovações do ano anterior e um crescimento real de 8% no ano, quando deflacionado pelo IGP-M. As operações contratadas totalizaram R$ 428 milhões, apresentando um acréscimo nominal de 27%.

Plantio de florestas

O BRDE aprovou uma nova política operacional para plantio de florestas para fins comerciais, oferecendo juros baixos (8,75% ano ano) e longos prazos de pagamento - até 12 anos, com 8 de carência. O estimulo ao setor é oportuno. Segundo a Sociedade Brasileira de Silvicultura, atualmente, o déficit de madeira - diferença entre a área cortada e a área plantada - na Região Sul é de 60 mil ha/ano. No Brasil, este déficit é de 300 mil ha/ano. São cortados cerca de 450 mil ha/ano e plantados apenas 150 mil ha/ano. Além disso, o segmento de base florestal tem grande peso na economia: gerou receitas da ordem de US$ 20 bilhões, em 1999, abrindo um mercado de 700 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos, participando com cerca de 4% do PIB nacional.

Podem apresentar projetos ao BRDE empresas de qualquer porte associações e cooperativas de produtores rurais, além de pessoas físicas com efetiva atuação no segmento agropecuário. Os projetos têm que atender às normas da Legislação Ambiental e do Código Florestal Vigente e serem apresentados sob a responsabilidade técnica de profissionais habilitados, como engenheiros agrônomos.

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