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Governo do Estado lidera movimento para reverter suspensão e corte de financiamentos da FINEP
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O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, e o coordenador do projeto SC Mais Inovação, Adriano Rodrigues, participaram de uma reunião, em Brasília, com a bancada catarinense e o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera (Fotos: Divulgação)
Durante o encontro, o secretário estadual apresentou às principais reivindicações do setor produtivo e ressaltou que a decisão da Finep compromete significativamente o ecossistema de inovação do estado
O Governo do Estado de Santa Catarina está à frente de um movimento que pode redefinir os rumos dos investimentos em inovação no Brasil. Nesta quarta-feira (19), o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, e o coordenador do projeto SC Mais Inovação, Adriano Rodrigues, participaram de uma reunião, em Brasília, com a bancada catarinense e o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera, para apresentar as demandas do estado e demonstrar os impactos negativos do recente corte de financiamento anunciado pela instituição. A discussão foi motivada pela circular MCTI DOCD 03/25, que suspendeu temporariamente a submissão de novos projetos de financiamento.
Durante o encontro, o secretário estadual apresentou às principais reivindicações do setor produtivo e ressaltou que a decisão da Finep compromete significativamente o ecossistema de inovação do estado, considerado um dos mais dinâmicos do país. "Santa Catarina tem se destacado nacionalmente pela sua capacidade de gerar inovação e tecnologia. A redução no financiamento da Finep coloca em risco projetos essenciais para o crescimento do setor e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico do estado e do Brasil", destacou Marcelo Fett.
Com o objetivo de minimizar os impactos negativos da medida, o secretário solicitou que a FINEP deve ampliar os limites de crédito dos agentes financeiros credenciados (BRDE, BADESC, Cooperativas de Crédito) para operações reembolsáveis permitindo a continuidade de investimentos em inovação; suspende a contagem do prazo de seis meses para recomposição de capital relativo aos investimentos já realizados pelas empresas que já submeteram projetos de financiamento junto a FINEP ou aos agentes financeiros credenciados (BRDE, BADESC, Cooperativas de Crédito, etc) em operações reembolsáveis até a concessão de mais limites que permita a retomada da contratação de financiamentos e/ou retorno das operações diretas com a FINEP; a priorização para análise e eventual concessão de financiamento reembolsáveis para os projetos de investimento já protocolados junto a FINEP ou juntos aos agentes financeiros credenciados (BRDE, BADESC, Cooperativas de Credito, etc); e a reconsideração da suspensão para novas submissões no menor espaço de tempo possível.
O presidente da Finep comprometeu-se publicamente em rever o prazo de seis meses para recomposição de capital das empresas que já haviam submetido projetos à FINEP, além da retomada dos empréstimos, que deverão ocorrer entre abril e maio de 2025, dependendo da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e da sanção do presidente da República.
Além disso, os parlamentares que compõem a bancada catarinense no Congresso Nacional irão discutir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para que paute a votação do Projeto de Lei 2996/2024, que dispõe sobre a sub-rogação automática de créditos e garantias em casos de falência, liquidação extrajudicial ou intervenção em instituição financeira agente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, da Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME ou da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP. A votação da proposta permitirá que os agentes financeiros tenham mais limites ainda para operar recursos de FINEP.
Fett também oficializou a solicitou para que a FINEP defina de forma transparente critérios para a liberação de financiamentos para grandes, médias e pequenas empresas; bem como adote um cronograma escalonado de liberação de recursos na medida em que os atuais contratos de financiamento comecem a ser amortizados, priorizando os projetos já submetidos junto a FINEP ou juntos aos agentes financeiros credenciados (BRDE, BADESC, Cooperativas de Credito, etc);
O movimento encabeçado por Santa Catarina já repercute em outras regiões, evidenciando a importância de um debate amplo sobre o financiamento à inovação no Brasil. O governo estadual segue mobilizado para garantir que os investimentos necessários ao setor sejam preservados e ampliados, assegurando o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia catarinense e nacional.
“A nossa mobilização determinada pelo governador Jorginho Mello e a união entre governo, parlamentares e setor produtivo reforçam a necessidade de reverter decisões que prejudicam o desenvolvimento do setor de tecnologia e inovação de Santa Catarina e do país”, destaca Fett.
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