"Os números do Boletim Focus mostram que o cenário econômico está piorando. A inflação segue em alta pela 12ª vez, agora prevista em 4,99%,

 "As projeções de elevação da Selic, de uma forma mais agressiva segue reforçando o compromisso do Banco Central em conter a inflação, o que pode fortalecer a confiança dos investidores na política monetária brasileira. Mas vale lembrar, que juros mais altos tendem a encarecer o crédito e desacelerar a economia, impactando negativamente setores dependentes de financiamento. Internamente, o dinamismo da atividade econômica e do mercado de trabalho, aliado a expectativas de inflação que seguem desancoradas, e com novos aumentos a cada divulgação do FOCUS, exigem uma postura mais restritiva.

Outro ponto importante a se observar, é que a conjuntura econômica dos Estados Unidos adiciona incertezas ao cenário global, influenciando a política monetária brasileira. Essa expectativa de aumento de pelo menos 1 ponto percentual na taxa Selic reflete a determinação do Banco Central em controlar a inflação, mesmo diante dos possíveis efeitos adversos sobre o crescimento econômico. O mercado, por sua vez, ajusta suas expectativas e estratégias, aguardando os próximos passos da política monetária brasileira.", Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos

 "Os números do Boletim Focus mostram que o cenário econômico está piorando. A inflação segue em alta pela 12ª vez, agora prevista em 4,99%, enquanto o dólar caminha para R$ 6,00, mostrando desconfiança sobre a economia brasileira. O pequeno aumento na expectativa do PIB não traz alívio, e o Banco Central deve aumentar a Selic em mais 1% agora em janeiro.

A previsão é de uma Selic de 15% neste ano. Esse remédio amargo pesa no bolso de empresas, vai deixar o crédito ainda mais caro e pesar no bolso de empresas e consumidores. O país precisa de uma ação mais coordenada para controlar a inflação sem prejudicar tanto o crescimento econômico. Uma ação mais firme do governo para conter gastos, com medidas reais que devolvam a confiança dos investidores no Brasil.", Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

 “Nesta semana, o IEPS aponta 70,5% de probabilidade de aumento de 100 pontos-base na taxa Selic, destacando um cenário de crescente aperto monetário para conter as pressões inflacionárias. Na última reunião de dezembro, o Copom elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano e sinalizou mais dois aumentos de 1 ponto percentual, projetando a taxa em 14,25% até março. Esse cenário adiciona tensão ao mercado, que reage à perspectiva de um ciclo prolongado de juros elevados e seus impactos sobre o crescimento econômico e a situação fiscal do país", Felipe Uchida, Head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.

 "O Boletim Focus desta semana reforça as expectativas de um cenário desafiador para 2025, com a projeção da Selic chegando a 15% ao ano na próxima reunião do COPOM. A inflação estimada em 4,99% e o dólar a R$ 6,00 refletem as preocupações com o cenário fiscal e os riscos externos. O mercado vê o aumento dos juros como uma tentativa de conter a inflação, mas com possíveis impactos negativos no consumo e no crescimento econômico, projetado em 2,02%. A expectativa é de que medidas fiscais mais concretas sejam apresentadas para evitar mais volatilidade.", Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

 "O primeiro Boletim Focus de 2025 reforça o cenário de cautela para os investidores. A elevação da projeção para a Selic, agora em 15%, e a escalada contínua das estimativas para o IPCA e o dólar indicam que os desafios fiscais e inflacionários persistem. Esse ambiente de juros elevados afeta diretamente o custo de capital das empresas brasileiras, especialmente aquelas que dependem de crédito para suas operações e expansão.

Empresas resilientes e bem-estruturadas tendem a se destacar nesse contexto, especialmente em setores menos sensíveis ao custo do crédito. É um momento de avaliar cuidadosamente os fundamentos das empresas e priorizar negócios que demonstram capacidade de adaptação e crescimento sustentável, mesmo diante de adversidades econômicas", João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

 "O Boletim Focus evidencia um cenário desafiador, com a Selic projetada em 15% e o IPCA subindo acima do teto da meta, enquanto o dólar atinge novas máximas. Esse ambiente de juros elevados e pressão inflacionária intensifica o impacto no mercado de crédito, especialmente no segmento de crédito estressado.

Com mais empresas enfrentando dificuldades financeiras devido ao alto custo do capital e à desaceleração econômica, as oportunidades para adquirir direitos creditórios de difícil recuperação se ampliam. Esse é um momento estratégico para buscar ativos com alto potencial de retorno, considerando a análise criteriosa de riscos e a expertise na recuperação de valores", André Matos, CEO da MA7 Negócios.