O setor metalmecânico catarinense avalia com atenção os movimentos de preços das commodities após o anúncio do pacote de incentivos do governo chinês ao segmento da construção. Isso porque a construção e o setor metalmecânico competem por insumos como cobre, alumínio e minério de ferro. Em reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Metalmecânica em Blumenau no último dia 2 de outubro, o economista Marcelo de Albuquerque, da FIESC, fez uma apresentação sobre as tendências de preços dos principais insumos e também do cenário econômico doméstico e internacional e seus impactos no ramo.

O pacote econômico chinês prevê injetar US$ 140 bilhões na economia do país por meio da liberação de depósitos compulsórios, incentivar a construção ao reduzir o valor mínimo de entrada na compra de imóveis e a renegociação de hipotecas.

Uma maior demanda decorrente do incentivo da China pode elevar preços desses materiais, afetando a estrutura de custos do metalmecânico, explica o economista. Responsável por 12,4% do PIB catarinense, o ramo emprega cerca de 60 mil pessoas no estado e é responsável por cerca de 5% das exportações de SC. O setor é especialmente relevante porque fornece insumos críticos para a indústria de transformação, como a fabricação de automóveis e de máquinas e equipamentos.

 Fonte FIESC