Por Adair Alexandre Pimentel

Na coluna desta semana, o neuropediatra Chistian Muller - CRM/SC 28721 - RQE 18823, retorna à Coluna Autismo em Pauta para falar sobre dúvidas em relação à síndrome de Asperger.
Para o nosso colaborador, no passado muitos pacientes foram diagnosticados com Síndrome de Asperger; uma variante dentre os diagnósticos relacionados ao Autismo. Segundo ele: “os pacientes com Síndrome de Asperger tinham algumas variantes, como menos atraso de fala, mas tinham, entre alguns de seus sintomas, uma tendência a excessiva correção na linguagem (ex. conjugações corretas), serem muito literais (“ao pé da letra”), terem queixas sociais não tão evidentes, entre outros sintomas.”
Para o Dr. Christian apesar de ainda podermos mencionar este diagnostico prévio/histórico, ele deixou de existir a partir da atualização para o DSM-V junto à Academia Americana de Psiquiatria em 2013; ele deixa claro que: “quando muitos ainda o citam, ocorre por haver muita literatura para este público específico, o qual poderia ajudar na terapêutica/tratamento”.
Devido à importância do tema, o Dr. Christian destaca partes do DSM-V:
“Fusão de transtorno autista, transtorno de Asperger e transtorno global do desenvolvimento no transtorno do espectro autista”.
“Por exemplo, muitos indivíduos anteriormente diagnosticados com transtorno de Asperger atualmente receberiam um diagnóstico de transtorno do espectro autista sem comprometimento lingüístico ou intelectual”.
“Indivíduos com um diagnóstico do DSM-IV bem estabelecido de transtorno autista, transtorno de Asperger ou transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação devem receber o diagnóstico de transtorno do espectro autista”.
“O transtorno do espectro autista engloba transtornos antes chamados de autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger”.
Por fim, Dr. Christian destaca que: “os conceitos se adaptam com o tempo, e é possível, creio eu, que no futuro, possam existir subdivisões do diagnóstico, não só em leve, moderado e grave, porém, no momento, o mais importante era unificar mundialmente as terminologias existentes”.
Muito obrigado ao Dr. Christian Muller por compartilhar seu conhecimento sobre o autismo com a sociedade catarinense.

Até a próxima!