Por Adair Alexandre Pimentel

Na coluna desta semana vamos contar a história de Andrio Cardoso Pereira, 38, Professor e Historiador, morador de Santa Rosa do Sul; diagnosticado com o TEA - Transtorno do Espectro Autista, nível 01.

Ele nos conta que desde pequeno teve traços atípicos como: aversão ao som, movimentos repetitivos, dificuldade de socialização, hiperfoco, inteligência acima da média, aversão à aglomeração de pessoas, entre outros; mas com ajuda da estimulação precoce e o apoio de familiares e professores, cresceu e hoje possui uma vida plena.

No ano de 1984 em Porto Alegre realizou os seus primeiros tratamentos e o início de sua vida escolar; em 1996, foi para Santa Rosa do Sul, pequena cidade do litoral sul catarinense, onde reside até os dias de hoje. Em 2010 concluiu a Faculdade de História e em 2016 concluiu a especialização em patrimônios culturais e históricos.

O autismo jamais foi impedimento para ele, mesmo diante de algumas dificuldades e impedimentos de realizar alguns sonhos devido ao preconceito e a falta de informação das pessoas; recentemente realizou um grande sonho, publicou seu primeiro livro, no final de 2021, intitulado: Tradições e Festividades Natalinas no Vale do Araranguá Mampituba, o qual aborda como são celebradas as festas de fim de ano na região do Vale do Araranguá.

Lançou, também, Polvilhana: Patrimônio Cultural de Santa Rosa do Sul, o qual foi publicado em 2022, abordando uma das festas mais importantes em Santa Rosa do Sul.

Nosso entrevistado trabalha atualmente no setor de comunicação da APAE de Santa Rosa do Sul e na biblioteca da escola Antônio Stuart no município de Sombrio, além de desenvolver projetos culturais, participar de exposições fotográficas, palestras, cinema e cultura regional; também participam ativamente de eventos relacionados à defesa dos autistas e demais pessoas com deficiência.

Andrio nos deixa uma grande mensagem: “Nunca desistam de seus sonhos, nada deve ser barreira e nem desculpa, acredite em si, devemos enfrentar as dificuldades de cabeça erguida, sou um exemplo para todos que um autista pode ir longe e ter uma vida normal”.

Até a próxima!