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Sexta-Feira, 3 de Maio de 2024




A juventude no novo Legislativo

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Em Santa Catarina, como em outros quatro estados, não havia nenhum representante jovem na Assembléia Legislativa. Com as eleições do dia 1º de outubro, o Estado passou a contar com dois parlamentares

A juventude no novo Legislativo

 

Doreni Caramori Júnior*

 

O adiamento da definição do próximo presidente da República e dos governadores de 12 estados da Federação mantém o clima eleitoral após o 1º turno das Eleições. No entanto, mesmo com a indecisão dos cargos executivos, já é possível fazer uma análise do novo perfil do Legislativo, tanto em nível Federal quanto Estadual.

 

Uma das principais bandeiras defendidas pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) é a maior participação da juventude nas decisões políticas, que tem sido restrita e incompatível com sua importância no cenário político brasileiro. A pesquisa ?Participação dos Jovens no Poder Legislativo?, realizada a partir de um convênio entre Conaje e o Programa de Estudos Avançados em Pequenos Negócios, Empreendedorismo e Microfinanças (Small), da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), demonstrou o grau de discrepância. Segundo o estudo, antes das últimas eleições apenas 59, ou 5,55%, entre os 1.063 representantes nas casas legislativas estaduais eram jovens com idade até 34 anos (critério utilizado pelo GEM 2004).

 

Em Santa Catarina, como em outros quatro estados, não havia nenhum representante jovem na Assembléia Legislativa. Com as Eleições do dia 1º de outubro, o Estado passou a contar com dois parlamentares jovens até 34 anos. O número ainda é insuficiente, se lembrarmos que o Legislativo catarinense conta com 40 parlamentares. No entanto, a Conaje reconhece como um avanço a eleição de representantes da juventude para compor a Assembléia e acredita que, a partir de um bom trabalho, realizado com a energia e o entusiasmo característicos dos jovens, esse pode ser o primeiro passo para a eleição de um número cada vez maior de parlamentares jovens.

 

Para o Legislativo Federal, o Estado não elegeu nenhum candidato até 34 anos, entre os 16 deputados federais, e continua sem representação jovem na Câmara. A Conaje lamenta essa realidade, com o sentimento de que uma excelente oportunidade de renovação foi perdida. Principalmente, se levarmos em conta que, após uma legislatura marcada por escândalos como o do mensalão e das sanguessugas, o voto popular modificou 48,7% dos 513 deputados federais nas últimas eleições.

 

No entanto, sabemos por experiências anteriores que esse obstáculo não será suficiente para impedir que a voz do jovem seja ouvida no Congresso Nacional. Nós, jovens, temos o poder de mobilização e o inconformismo como aliados e a determinação necessária para lutarmos por nossas metas e prioridades. E é com esse vigor e intensidade que vamos continuar atuando. Dentro do Legislativo e fora dele.

 

*Empresário e presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje)

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